ECOS

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Chittorgarh-India

domingo, 2 de outubro de 2011

340>AO SENHOR DOS CAMINHOS


O que verei quando eu me for só eu sei
O que construí em meu atual passado
Minhas mais intangíveis memorias
Sopradas em vórtices de emoções
Sob o mesmo sol nascente
Sob o mesmo sol poente

Minhas crenças e minhas verdades
Fluidificando os secretos desejos
Percorrendo o leito profundo da alma

Minha fé, minha única fé
Cristalizando as imutáveis leis
Dos que ainda vem e vão

Infinitos horizontes empilhando possibilidades
Outros eus acontecendo ao mesmo tempo
A chave mestra das portas que desconheço
Onde esta o senhor de tantos caminhos
Onde esta o maestro que rege tantos sons
No fim o portão de ferro e os cães vermelhos
Um fim que nunca acaba

Lembro-me da caverna nas dunas astrais
Do planeta das sombras rosáceas
E da solitária e majestosa rosa
Uma luz, um banco, um vilarejo frio
Uma escuridão, a queda, a grande prova
E mil vivas a fonte de onde tudo emerge
Pois nesta vida tive muitas vidas
Como outrora muitas vidas me tiveram

Recife,2 de Outubro de 2011