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Chittorgarh-India

terça-feira, 26 de julho de 2011

330> MINH'ALVA AVE CAÍDA


Flores ou anjos que acordam
Falam-me na linguagem azul
Sopro que não vê janelas
Na alma tudo é claro
Ate as sínicas e falsas risadas

Um olhar, uma pose, um quadro
Então uma vaga imagem é registrada
No meu espaço o tempo passa diferente
Então me fixo vendo a lua cair e subir
Na sua floresta de criações

Mas sábado encontrarás o mundo
Na sala de jantar
No ápice dos prazeres
E na manhã seguinte tão frágil
Caída na estática realidade fria
Vendo seus incompreendidos monstros
Monstruosamente não quererem mais brincar
Justamente por serem tão puros
Eis o teu mistério
E eu sei que não cheguei a tempo
Descalço nos dourados cachos
Incauto em uma blasfêmia

Tua rua cheia de figurantes
Cruzou minha rua vazia
Minha alva ave celeste
Meu sonho de Cruz e Souza
Amazona natural e irradiada
Que nunca tocou o chão

Antes daqueles dias de destruição
Sufocado pelas obscuras ilusões
Momentos confundidos com amigos
Todos guerreiros armados do céu
A ultima luz que verei
A ultima graça

Em você um novo amanhã
Asas negras nunca tocam o céu
Nunca
Gritos secos e censura silenciosa
Não serão desculpas para o que fizemos
Olhe-me nos olhos e não se perturbe
Eu sou sempre você
E tudo flui para sempre

Recife,25 de Julho de 2011
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