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Chittorgarh-India

domingo, 13 de março de 2011

297> VELOZES FRAÇÕES DO INFINITO


Um vulto entre as sombras dos postes
A derradeira lembrança de Baruch
Agora a plenitude preenche meu ser
Abandonei a noção humana de abandono
O luto mais obscuro deixado pela saudade
Nascer e morrer são apenas eventos
A vida transcorre no meio

A orquestra prepara-se para o tema final
Um clarão e minhas mãos se enchem de luz
Tudo que não fiz escorre como liquido
Entre os espaços dos meus dedos
Ate tocarem o chão o tempo é infinito
Mas para nós fora tão breve
E é assim que tudo transcorre
Velozes frações compõem o infinito

Perdidos em ondas e sons sublimes
Cavalgando ao lado da caravana
Nenhum de nós era realmente daqui
Portas que se abrem sob escombros
Portas que se fecham sob a razão

Atentos aos raios solares no vale
Resta esperar por um novo amanhecer
Todos os milagres da alma
Inspirações profundas são botões de rosa
Um aroma tão precoce
Escute o vento nas arvores
Assim ele fala com nós
Sempre


Recife, Primeira hora do dia 13 de Março, 2011