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Chittorgarh-India

domingo, 30 de janeiro de 2011

289> ESCAPULÁRIO


Nefasta política do medo instilada
Nada inesperado deste rei da ilusão
Sombreando a noite dos aliados
Quem mergulha quer afundar
Mas quem cai só quer se elevar
A correnteza deflora suas hierarquias
Como o tempo arranca a carne do osso

A certeza vem em um facho de luz
Um horizonte luminoso no oriente
A incerteza não mais será uma cruz
Ditando o temor de um fim iminente

Crianças no corredor patrulham a noite
Mãos na face para não ver o holocausto
Todos os filhos de todas as filhas
Não mais colhem o milho nos campos
Distantes, distantes para sempre

Aliança esquecida milhas ao longe
Anéis espalhados nas mãos de alguém
Moedas que compram vidas
Mil razões para voar
Suba, suba ate não poder mais
Suba, suba ate não ver mais
E se na sua angustia você despencar
Que o mar seja sua ultima lembrança


Recife, 30 de Janeiro de 2010
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Tambem postado na Fabrica de Letras