ECOS

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Chittorgarh-India

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

294> O SENTIDO DE TUDO


Gostaria de estar mais perto
E de fato estou
Medidas definidas em dimensões
Perdidas na nevoa da razão
Determinada por conceitos tão pequenos
A saudade mãe eterna da angustia
Ou impulsiona ou paralisa
Passado e futuro
Infinito
O que nunca se foi
E sempre esta

Entes perdidos nestas linhas
Almas afastadas degraus abaixo
O luto existencial que nunca acaba
Medo, incerteza, descrença
A tríade que nos persegue
Um filho que morre antes dos pais
Que já nasce morto
A busca incessante pela vida
Uma nova vida
Um novo sonho

Cascavel rubra com cabeça dourada
Corpo pintado saltando no astral
Aos pés da índia imponente
Inerte
Ardendo no arbusto
Chamas que não queimavam
E tudo ficou mais claro
As crianças sorriram
Enigmáticas

Incontáveis historias mal contadas
Muito do que não se deveria saber
Ao menos agora
Ao menos aqui
O universo esta em nós
Mas não cabe em nossas cabeças
A única certeza era a duvida
O sentido de tudo é que tudo tem sentido
É só o que nos é dado saber


Recife,28 de Fevereiro de 2011
e isso é tudo ...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

293> SEM MEDO DO ESCURO


Atravessando ruas tão escuras
Acompanhantes efetivos e invisíveis
Resgate junto ao chão
E não sei os vossos nomes
Mas sei que são por mim

Como brilhava aquele sorriso
O charmoso enigma da dama do sem fim
A liberdade vigiada pelos corvos
A liberdade negociada dos senhores
E a liberdade irrestrita do amor

O quadrante foi devidamente cercado
Agora será conosco o desfecho
E pela fé iremos ate o fim
Mesmo que seja o nosso fim

Armas que não ferem a vontade
Nas guerras de força e poder
Nas cercanias onde a maioria dorme
Mas isto é bem claro para mim.


Recife,27 de Fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

292> A ORDEM DO CAOS


Por toda prata que há no céu
Mantenho a esperança e Fe na humanidade
Sozinho na sala outrora escura
Vejo as nuvens carregadas
O som das águas celestiais
O vôo preciso dos morcegos

Seres alados despencam das alturas
Não eram anjos
Seres menores flamejantes os recepcionam
Não eram demônios
Verdadeiro apocalipse no campo santo
Julgados e condenados pelas propias consciências

No horizonte oito mastros de madeira
Mas só sete estavam presentes
Alguns sofrem na carne e outros no espírito
Somente o silencio era ouvido
Mundos desabando em mundos
Pesados pesares ecoam atemporais

Retorne e resgate os meus disse meu pai
Viva e ame os teus disse minha mãe
E meu corpo se encheu de símbolos
Uma luz para curar a ingnorancia
E uma espada para sempre lembra-los
Dos espaços entre o céu e a terra...


Recife, 13 de Fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

291> OBRA DA RAZÃO


Casas abandonadas eram um território fértil
Descobrindo a essência da verdadeira face
Jardins de lama reciclada
Eu não afundo
Afinal ordens são ordens

Chamas de metano emergem ininterruptamente
O observador agora observado
Eu
A linha do trem se une no horizonte
Pura ilusão
Homens jovens se atiram contra ideais
Outra ilusão
A pintura dos anjos caídos
Tudo que poderíamos ser e que não fomos
Obra da razão

Ate os grandes choram sua natureza
Mesmo que a cada sete mil anos
Choram os anos perdidos
Pois o tempo muda tudo

Transformação nunca foi questão de opção
Os estáveis nunca são os mesmos
Que o mundo gire sempre comigo
Assim verei a susseção dos dias e noites
Aton cruzar o firmamento
Refletindo nossas janelas estilhaçadas
Pois a luz sempre se fará presente
Na medida que séculos se fizerem dias


Recife, 11 de fevereiro de 2011
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

290> OM



Contos dos que os outros chamam de sonhos
Pontes suspensas no rio de ondas primordiais
O pacto velado entre os leões e os homens
E o universo se fez real
E o real se fez universal

A menina do berçário de estrelas
Sonhava com mundos colapsados
Vidas dentro de vidas
Sonhos repletos de sonhos
A juventude que nunca envelhece

Registros imprecisos de minha memória
Na colina agora vejo o vale de lagrimas
Secas e silenciosas
Lira agora tão distante de seus filhos
Separados nas dimensões bipolares

Entre o zero e a unidade nós a dizima
Linhas que nunca foram retas
Leis que sempre foram leis

Alem desta direção só queda
As portas solidas estão fechadas
Átomos unidos por partes separadas
Afinal vejo que nada existe
Pois a existência é um condicional


Recife, 9 de fevereiro de 2011