ECOS

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Chittorgarh-India

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

256> NO CAMPO DO PONTO ZERO



Neve com seu tapete alvo sobre os campos
No litoral as ondas desistiram dos rochedos
A alma no ciclo oposto era pura expansão
A aura de fertilidade que paira nos campos
Era sustentada pela vontade de poucos

O pensamento agudizava tudo que abraçava
E andava por sobre a grade de luz invisível
Fez a manifestação possível nessa dimensão
Feita no ponto a ponto, mas um de cada vez
A parte visível de tudo que foi previsto
Imaginado, concebido para poder um dia ser
O real significado do livre arbítrio
É decidir o que se tornará o real

Sete mulheres em salto descem na estrada
Dois radiantes olhos azuis e uma só alma
Dois tristonhos olhos verdes
Dois perdidos olhos verdes
Dois magnéticos olhos verdes
Dois cautelosos olhos verdes
Dois ternos olhos castanhos
Dois iluminados olhos castanhos

A claridade ameaça deixar a terra de Nestor
Agora sem uma geografia fixada no mensurável
Estaria sempre onde houvesse sua lembrança
Uma simples bouganville cor de sangue
Balançando ao sabor dos ventos da serra
Aos olhos certos traria de volta o antigo lar
E balançava toda minha realidade
Dentro em breve será noite

As faixas todas eu encontrarei e se encontrarão
O guia do Andes aos históricos bravos litorais
Portanto não prometa o que não poderá cumprir
Mesmo na alça de mira da eficácia de um Mauser
E o céu se congelou para meu dialogo eólico
Tudo silencia e aquela musica só eu ouvia
Alguns minutos antes de me juntar a fonte
Temporariamente me tornarei atemporal
E no amanhecer logo o sol tocará minha face


Tambem postado na Fabrica de Letras