ECOS

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Chittorgarh-India

terça-feira, 13 de julho de 2010

219> JARDIM DOS VENTOS ELÍSIOS

Gostava de bailar com as vestes ao vento
Um piso de mármore em formato xadrez
Delineava abruptamente a fronteira da relva
E ali se dava os mais serenes encontros
Naquele tabuleiro com pilastras nos cantos

Então se sente e ouça a sinfonia das harpas
Uma gargalhada feminina e uma taça caída
Um néctar escarlate rompeu o bi-cromatico
E na fenda pude ver os rios e vales abaixo
Imediatamente o vento selou a abertura

Um pássaro de luz vibrante se mostrou
Às vezes parecia só um foco incandescente
Seu sonoro canto causou profundo silencio
Eis o bem chegado mensageiro do sol
Gire o mundo que gira ao seu redor

No fim da madrugada tudo esta desfeito
A atmosfera agita os pessegueiros
Nós iremos mais uma vez mergulhar
Na parte mais densa desta existência
Para depois voltar ao Jardim dos Ventos



Recife,13 de julho de 2010

218> A LEI

O mar se estendia ate o horizonte visível
Revolto após chuvas quase apocalípticas
Faixas bem definidas de cores saturadas
Entulhos e argila do interior da terra
Campos de ação com um fim purificador

Muitos eram os prantos perante a lei
Ela não se comove com vosso sangue
Ela não gera nem destrói e sim recicla
Uma estrada sem acostamento nem beira
Alem dela tudo são abismo e trevas

Cavaleiros e exércitos os sagazes executores
Um cálice cheio e um crânio vazio
Uma balança que nunca pende ou se dobra
O maestro de uma sinfonia silenciosa
Bem aventurança dos famintos por justiça

Implacável, cruel, e outros falsos nomes
A grande mestra e nós seus escravos
Mistérios, fúrias e a natureza a servi-la
Assim como era no único principio
E assim será por todos os séculos


Recife,13 de julho de 2010
Aplicavel em todo o universo conhecido e desconhecido ...