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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

282> NOITES FEBRIS


Caminhando nas estradas do sem fim
Molduras de sorrisos e pinturas de dor
E ninguém se lembra da casa do artista
E tudo foi ficando cada vez mais distante
Onde sempre se começa aonde se termina

Mas hoje surge uma nova possibilidade
Através da camada espessa da noite
Uma estrada de luar estendida no mar
Minha ponte e também minha fuga
Outro retorno a terra dos aeródromos

Outra caravana se prepara para partir
O que ela achará da espada prateada?
Sendo que usamos a mesma farda

Historias das minhas noites febris
Onde nem tudo era consumido
Memórias do fogo protegidas
Gravuras arquivadas no tempo
Algo que se pode contar para si


Recife,21 de dezembro de 2010
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